"Conhecer o que esconde o subsolo de Lisboa, ou descobrir o que há por baixo da Rua da Prata, são alguns dos motivos para visitar as Galerias Romanas que vão estar abertas nos dias 26, 27 e 28 de Setembro.
A visita dura cerca 20 minutos e é acompanhada por técnicos do Museu da Cidade e do Centro de Arqueologia de Lisboa que explicam aos visitantes, entre outras curiosidades, que estas galerias, com mais de dois mil anos, se encontram ainda ao serviço da cidade, uma vez que suportam toda a estrutura de edifícios acima delas."
J’ai vu Bragança…et à Bragança, il y a ce magnifique château, probablement l’un des plus beaux de la région…
Et il y a la légende de la Tour de la Princesse.
Dans le village de Benquerença, connue aujourd’hui comme la ville de Bragança, il y avait une belle princesse orpheline qui vivait dans le château avec son oncle. La princesse tombe amoureuse d’un jeune homme pauvre qui part chercher fortune, lui promettant de ne revenir que quand il sera digne de demander sa main.
Les années passent, et la belle princesse ne se lasse d’attendre son bien-aimé. Son oncle, quant à lui, n’a de cesse de lui présenter nombre de prétendants aisés, qu’elle rejette systématiquement. Pendant des années elle refusa toute proposition, mais son oncle décide de la forcer à épouser un noble chevalier, ami de celui-ci. Lorsque l'oncle décide de présenter le chevalier à la princesse, celle-ci s’effondre en larmes et lui avoue que son cœur est déjà pris et qu’elle attend l’homme de sa vie depuis 10 ans.
Une nuit, l'oncle cruel décide de se déguiser en fantôme pénètre par l'une des portes de la chambre de la princesse et tente de lui faire croire que son bien-aimé est mort. Alors que la princesse est sur le point de jurer par devant Dieu qu’elle se doit de briser la promesse faite à son bien-aimée, il s’ouvre une autre porte et bien qu’il fasse nuit un rayon de soleil pénètre dans la chambre et démasque le supposé fantôme.
Dés lors, la princesse n'a plus jamais été forcée par son oncle et vivait recluse dans la tour, d’où le nom « Tour de la princesse ». On appelle toujours ces deux portes « Porte du Soleil » et « Porte de la trahison ».
Ils disent que durant une nuit d'orage, son bien-aimé est apparu et l'a emportée, en lui donnant une sorte de parapluie qui l’aidait à se lancer dans ses bras.
"Até hoje um dos monumentos mais enigmaticos de Braga, a CAPELA SÃO FRUTUOSO foi descoberta (séc.XIX) no interior de um convento do século XVI.
Desde ai, multiplos curiosos de debruçaram sobre ela, sem nunca se saber ao certo a época da sua construção : visigotica ou moçarabe ? Certo, cedrto, é que serviu de sepultura ao Santo bispo Frutuoso (665)"
Braga - Rua de São Jerónimo de Real São Jerónimo de Real
Fundada nos fins do séc. XVIII, 1796, sendo hoje o estabelecimento comercial, no género, mais antigo desta cidade.
Foi criada para a confecção e comercialização das afamadas “FRIGIDEIRAS”, tendo mantido, segundo as antiquíssimas normas do séc. XVII, receita a qual constitui o segredo da sua reputação em todo o país.
Esta casa confecciona as autênticas, verdadeiras e genuínas FRIGIDEIRAS. Já o célebre escritor Júlio Dinis faz referência a este delicioso pastel de carne no seu “ Os serões da Província”.
Este estabelecimento sofreu várias remodelações ao longo dos séculos. A maior foi no ano de 1953, com a reconstrução total do edifício. A última ocorreu em 1997 e permitiu a descoberta de importantes achados arqueológicos da época romana – séc. II e III, que formavam uma parte da Bracara Augusta e que podem ser vistos e admirados no interior.
Esta casa é um ex-libris da cidade de Braga, é motivo de regozijo para os Bracarenses e para todos os visitantes. Em 1999 as FRIGIDEIRAS DO CANTINHO, pela sua notoriedade receberam o prémio “Os Galardões da Nossa Terra” (3ªedição).
Em 2000, ano em que se comemora o Bimilenário da cidade de Braga, as Frigideiras do Cantinho entenderam assinalar a data do seu aniversário com o lançamento de um bolo de tradição romana, “O Bolo Romano” – marca registada. A receita desta doce foi adaptada de um tratado de cozinha, da época romana (De rocoqinaria), cuja autoria é atribuída a Apício, que sabemos ter nascido cerca de 25 anos antes de Cristo.
Na composição desta receita entram vários alimentos de origem meditterrânica, tais como, os frutos secos, o vinho, o mel, as especiarias, para além dos ovos e do leite.
Ao saborear este bolo terá certamente o prazer de reavivar o paladar e a memória de alguns dos nossos doces tradicionais, num sinal claro de que o tempo se encarregou de guardar esses segredos culinários..." O site http://frigideirasdocantinho.pt/pt
"Dans le film documentaire DRÔLE DE MAI (Chronique des années de boue), José Vieira fait le parallèle entre les événements de mai 68 et l’immigration portugaise. Lorsque se déclenche la révolte sociale, les immigrés portugais commencent à peine à s’installer en France. La plus grande vague migratoire que la France ait jamais connue s’est amorcée en 1963. En 1968, ils sont déjà 500 000. Mai 68 va les surprendre dans les années provisoires, quand ils ne pensent qu’à économiser pour construire la maison au pays. Ces événements seront un véritable choc pour ces Portugais fraîchement débarqués et parqués dans des bidonvilles autour de Paris. D’origine paysanne et pour la plupart analphabètes, ils sont nés et ont grandi sous la férule de Salazar et n’ont jamais connu la démocratie. Au Portugal, la grève était considérée comme un crime, la délation était un système et l’anti-communisme relevait de la cause nationale.
Chronique sociale et politique d’un bidonville en mai 68, le film s’articule autour du récit d’un homme en quête de l’histoire des immigrés portugais pris dans la tourmente des événements. Partant de ses souvenirs, se confrontant aux récits des autres et aux images d’époque, il tente ainsi de construire une mémoire collective en s’interrogeant sans cesse : « Qui étions-nous, d’où venions-nous, où allions-nous ?"
"Nascida em 1937 em Vila Franca de Xira, de origem operária, Ivone Dias Lourenço dedicou toda a sua vida à luta do seu Partido de sempre pela liberdade, a democracia e o socialismo. Membro do PCP desde 1953, participou no MUD na primeira metade da década de 50, foi membro do Comité Local do Porto e desempenhou, ainda antes do 25 de Abril, várias tarefas ligadas ao aparelho técnico do Partido. Na clandestinidade desde 1956, Ivone Dias Lourenço passou sete anos nas prisões do regime fascista. Integrava actualmente o colectivo do «Avante!» sendo desde o 25 de Abril secretária da redacção do órgão central do PCP."
"A ausência de sinceridade, a hipocrisia, era o país onde vivia", recorda penosamente uma das antigas prisioneiras, sobre o ambiente do Portugal do Estado Novo.
Imagens das fichas da PIDE. A maior parte foram captadas... no momento após as detenções ou quando estavam prestes a ser libertados. A prisão e a tortura deixou-os pessoas diferentes.
A tortura do sono era o tratamento mais frequente, com o impacto tremendo a quem a ele era submetido, mas as técnicas da PIDE estavam longe de se ficar por aí, passando por agressões físicas, ameaças e humilhações."
"Em 1880 o ainda jovem ADRIANO RAMOS PINTO fundou uma empresa para comercializar Vinhos do Porto.
Homem muito empreendedor e viajado,deslocava-se frequentemente a Paris onde, nessa época, cartazes publicitários proliferavam pelas ruas, quer colados nas paredes dos edifícios, nos restaurantes, bares, cafés, quer nas vitrinas das lojas e grandes armazéns.
RAMOS PINTO embebido dessa cultura e sendo um homem com grande capacidade de trabalho e visão, aproveitou para dar a conhecer os seus vinhos, usando os cartazes publicitários que pelo seu estilo arrojado com figuras femininas cheias de beleza, sensualidade e até erotismo, chamavam bastante a atenção
contratou dos melhores pintores de Portugal e estrangeiro. destacando-se entre eles, além de Matteo Angello Rossotti, Leonetto Capiello e outro italiano de origem Sérvia,Leopoldo Metlicovitz.
Os desenhos eram uma tentação que não podiam deixar de ser observados por quem passava.
O êxito das suas vendas foi de tal ordem que poucos anos depois mais de 50% do mercado VINHO DO PORTO era dominado pelos vinhos RAMOS PINTO.
Os cartazes foram um excelente veículos publicitários de Ramos Pinto, aliados a reconhecida qualidade dos seu vinhos do porto, criaram um mito que dura até hoje."
"Espiões, esplanadas cheias de refugiados, artistas,
políticos e membros da realeza a encher os hotéis, jornalistas, revistas de
propaganda, manobras diplomáticas: Lisboa foi, durante a II Guerra Mundial, um
refúgio e uma via de fuga da Europa em guerra. Uma exposição no Terreiro do Paço recorda esses
anos. (...) "A Última Fronteira - Lisboa em Tempo de Guerra" no
Torreão Poente do Terreiro do Paço. Todos os dias das 10h às 20h. Até 15
de Dezembro."
"Na Idade Média, a mulher amante era vista com desagrado pela sociedade da época. O mesmo aconteceu com D. Pedro e D. Inês, a dama galega era vista com maus olhos pelo povo português e também pela família real, o que levou à morte desta. Contrariamente aos dias de hoje, que embora ainda seja considerado um acto reprovável, a infidelidade não assume os contornos que outrora adquiria. Em contrapartida, as traições adquirem nos nossos dias um carácter mais vincado no que diz respeito às uniões por interesse material. Na época de D. Pedro e D. Inês muito se especulou acerca da forte possibilidade de esta união se relacionar com um interesse de Estado. Por esta razão, temia-se que se este relacionamente se mantivesse o Condado Portucalense caíria nas “mãos” dos espanhóis, já que D. Inês era galega. Por esta razão, D. João IV (pai de D. Pedro) manda matar D. Inês. Mais do que uma traição mal vista pela sociedade, esta morte relacionou-se com a necessidade de defesa do Estado. Neste caso, o Amor perdeu a favor do Patriotismo. Outro caso idêntico a este é o de D. Carlos e da Princesa Diana, que teve também um final trágico ( morte da princesa)." Ler mais no site lusitanapaixao
"Uma imagem de mulher, segurando um pão em cada mão do alto de uma torre, figura no brasão de Monção com a legenda: Deus a deu - Deus o há dado. Esta é uma homenagem à coragem e astúcia de uma grande heroína, Deu-la-Deu Martins, mulher do capitão-mor de Monção, Vasco Gomes de Abreu. Esta mulher singular viveu no século XIV, no tempo das guerras entre D. Fernando de Portugal e D. Henrique de Castela. Foi nesta conjuntura que o galego D. Pedro Rodriguez Sarmento pôs cerco a Monção com um poderoso exército, aproveitando a ausência temporária do seu capitão-mor. A vila aguentou o cerco sob o comando de Deu-la-Deu Martins, apesar da escassez de alimentos. Mas a situação chegou a um ponto de desespero e foi então que Deu-la-Deu, com um sangue-frio notável, mandou fazer alguns pães da pouca farinha que restava. Deu-la-Deu subiu com os pães à muralha e atirou-os aos sitiantes, gritando-lhes que como abundavam as provisões na cidade e dada a duração do cerco, os galegos poderiam precisar de alimento. O inimigo também estava cheio de fome e pensando que o cerco ainda poderia demorar mais tempo, decidiu retirar para Espanha. Este feito ficou para sempre na memória dos portugueses e deu origem ao costume de os vereadores do município se dirigirem ao túmulo de Deu-la-Deu, quando tomavam posse dos seus cargos, prestando-lhe homenagem.
"Province enchantée du nord ouest portugais, pays de tous les possibles, paradis des secrets enfouis, des racines les plus méconnues, c'est bien toi Minho que j'aperçois ici...et la tendre cousine galicienne envoûtante au nord, ton frère tramontain à l'est, mystérieux à jamais, invulnérable pour toujours. Comme si dans ces coins verdoyants, dans ces jardins antiques, les coeurs s'étaient arrétés pour de bon avec une seule envie, une folle certitude, une incontrôlable vocation: retrouver ensemble ce qui a dessiné nos esprits, déterrer et réveler au monde entier ce qui a fait pour l'éternité ce que nous sommes..."
"La Galice fait partie des nations celtes avec l'Irlande, le Pays de Galles, l'Ecosse, l'Ile de Man, la Bretagne, les Cornouailles et les Asturies. Le Minho mais aussi la province voisine de Tras-os-montes possèdent le même substrat celtique que leurs frères galiciens. Rien d'étonnant à cela puisque historiquement le Minho et le Tras-os-montes appartenaient à une Galice beaucoup plus vaste .
La culture celtique de la Galice n'est aucunement fondée sur une réalité linguistique comme dans les autres pays celtes (le gallego étant proche du portugais) mais sur un sentiment profond d'appartenance à cette communauté. Ce sont les vestiges archéologiques très présents, les mythes et légendes qui gouvernent ce peuple, les traditions et moeurs, les musiques de cette région qui donnent à la Galice toute sa celtitude.
Le Minho possède la même culture. C'est pour cela que le Minho est celte, c'est dans les coeurs, dans la mémoire collective que l'on accepte ses origines"
"Dia Mundial da Criança realizado em Leiria após a revolução do 25 de Abril. As bobines do filme estiveram desaparecidas durante 30 anos e em 2005 o filme foi alvo de uma nova reedição. Realizado em 1975 por Júlia Guarda Ribeiro e reeditado em 2005 por Paulo César Fajardo."
Donos de Portugal é um documentário de Jorge Costa sobre cem anos de poder económico. O filme retrata a proteção do Estado às famílias que dominaram a economia do país, as suas estratégias de conservação de poder e acumulação de riqueza.
Mello, Champalimaud, Espírito Santo – as fortunas cruzam-se pelo casamento e integram-se na finança. Ameaçado pelo fim da ditadura, o seu poder reconstitui-se sob a democracia, a partir das privatizações e da promiscuidade com o poder político. Novos grupos económicos – Amorim, Sonae, Jerónimo Martins - afirmam-se sobre a mesma base.
No momento em que a crise desvenda todos os limites do modelo de desenvolvimento económico português, este filme apresenta os protagonistas e as grandes opções que nos trouxeram até aqui.
Produzido para a RTP 2 no âmbito do Instituto de História Contemporânea, o filme tem montagem de Edgar Feldman e locução de Fernando Alves.
A estreia televisiva teve lugar na RTP2 a 25 de Abril de 2012. Desde esse momento, o documentário está disponível na íntegra em donosdeportugal.net.
Donos de Portugal é baseado no livro homónimo de Jorge Costa, Cecília Honório, Luís Fazenda, Francisco Louçã e Fernando Rosas, editado em 2011 pela Afrontamento e com mais de 12 mil exemplares vendidos.
« De 1957 à 1974, quelque 900 000 Portugais émigrent en France, dont plus de la moitié irrégulièrement. En 1975, la population portugaise de l’Hexagone atteint
750.000 personnes, formant la première communauté étrangère en France.
Plus vieille dictature de droite en Europe, le Portugal de Salazar redoute les effets de la modernité, protège le pays des influences étrangères, résiste aux « vents du changement » qui se lèvent en Afrique et se referme sur lui-même. L’émigration, par son ampleur (10% de la population), va devenir un défi pour la dictature.
Pour se maintenir au pouvoir, la dictature portugaise organise une politique d’émigration duplice et inefficace qui sert ses intérêts politiques, économiques, financiers et militaires. Elle empêche la population d’émigrer légalement et la contraint à la clandestinité en France.
Pourtant, c’est en contournant l’État que les migrants pourront s’offrir de meilleures conditions de vie, contribuant activement à la modernisation, à la démocratisation et à l’européanisation « par le bas » du Portugal, à rebours d’une vision élitiste.
Une histoire inédite et très documentée des migrants et des politiques de migrations portugaises. »
"Médica, republicana e feminista, (Carolina) Beatriz Ângelo nasceu em 1877, na Guarda, cidade onde realizou os seus estudos liceais. Já em Lisboa, ingressou nas Escolas Politécnica e Médico-Cirúrgica, tendo terminando o curso no ano de 1902.
Na sua carreira médica destaca-se o facto de ter sido a primeira mulher portuguesa a operar no Hospital de São José, sob a direcção de Sabino Maria Teixeira Coelho. Trabalhou ainda no Hospital de Rilhafoles, sob a orientação de Miguel Bombarda, e dedicou-se à Ginecologia, com consultório na baixa lisboeta. A atividade profissional de Beatriz Ângelo foi conciliada com uma intervenção política e social intensa e marcante. Foi uma das principais ativistas da sua época, defensora dos direitos das mulheres, tendo lutado por causas como a emancipação das mulheres e o sufrágio feminino.
A sua militância em organizações defensoras dos direitos das mulheres iniciou-se em 1906 no Comité Português da agremiação francesa La Paix et le Désarmement par les Femmes. Em 1907 foi iniciada na Maçonaria, ano em que esteve também envolvida no Grupo Português de Estudos Feministas. Em 1909 fez parte do grupo de mulheres que fundou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, defensora dos ideais republicanos, do sufrágio feminino, do direito ao divórcio, da instrução das crianças e de direitos e deveres iguais para homens e mulheres.
Na revolução de 5 de Outubro de 1910 tem associado à sua pessoa o simbolismo de ter participado na confeção das bandeiras hasteadas, obra de que foi encarregada por Miguel Bombarda. Já depois da implantação da república, esteve envolvida na fundação da Associação de Propaganda Feminista, em Maio de 1911. Esta associação, que chegou a dirigir, teve origem na cisão da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas por questões relacionadas com a tolerância religiosa e o sufrágio feminino. No âmbito da Associação de Propaganda Feminista projetou a criação de uma escola de enfermeiras, o que é referido como mais uma manifestação da sua preocupação com a emancipação das mulheres.
Beatriz Ângelo foi também a primeira mulher a votar em Portugal. Numa altura em que o direito de voto era concedido aos cidadãos portugueses, maiores de 21 anos, sabendo ler e escrever e chefes de família, a persistência de Beatriz Ângelo, a ambiguidade da lei e facto de trabalhar, ser viúva e ter a seu cargo uma filha, permitiram-se lutar pela defesa do seu direito. Votou em Lisboa, em 28 de Maio de 1911, para eleição dos deputados da Assembleia Constituinte, ato amplamente noticiado em Portugal e felicitado em diversos países do mundo pelas associações feministas. Em 1913, a lei eleitoral portuguesa foi alterada, consagrando o direito de voto a cidadãos portugueses do sexo masculino.
Beatriz Ângelo foi sem dúvida uma mulher marcante na história portuguesa, com um percurso interrompido pela sua morte prematura. Morreu aos 33 anos, em 3 de Outubro de 1911." do site hbeatrizangelo
"Aristides de Sousa Mendes est un diplomate portugais du XXe siècle (19 juillet 1885 - 3 avril 1954).
En poste à Bordeaux lors de la débâcle française de 1940, il refuse de suivre les ordres du gouvernement Salazar et délivre des visas aux réfugiés juifs et non juifs de toutes nationalités souhaitant fuir la France. Destitué de ses fonctions, il survivra pauvrement. Il sera déclaré « Juste parmi les nations » en 1966, puis réhabilité par les autorités portugaises dans les années 1980." Wikipedia
Dans "Le consul proscrit", le remarquable documentaire de Téréza Olga, réalisé en coproduction par la Radio-Télévision portugaise et France 3 Aquitaine, le fils de Rabbi Jacob Kruger, un rabbin anversois, raconte qu'Aristides de Sousa Mendes avait offert l'hospitalité à son père et à sa famille, sans même les connaître.
"Não há família de origem do Douro que não tenha uma espécie de culto (transmitido de geração em geração) pela figura de D.ª Antónia Ferreira (1811-1896). Carinhosamente conhecida por Ferreirinha, foi proprietária e gestora de uma vasta cadeia de terras e adegas que produziam Vinho do Porto. Mas foi a sua estratégia empresarial e a intransigente defesa dos seus trabalhadores e dos durienses em geral que a transformaram numa lenda. “Cada um na sua terra deverá fazer tudo o que seja para bem da Humanidade” (Antónia Ferreira, julho de 1855)."
" Au commencement était l'indignation. Celle de Peter Benenson, avocat anglais qui, en 1960, apprend que deux étudiants sont arrêtés à Lisbonne et condamnés à sept ans de prison pour avoir porté un toast à la liberté, dans un pays tenu par Salazar. Benenson organise, en réaction, un envoi massif de lettres de protestation de citoyens anglais au gouvernement portugais. Sur sa lancée, il ouvre son action à tous les prisoniers oubliés et publie un article dans The Observer : " Ouvrez votre journal, n'importe quel jour de la semaine, et vous trouverez, venant de quelque part dans le monde, une dépêche indiquant que quelqu'un a été emprisonné, torturé ou exécué, parce que ses opinions ou ses croyances religieuses ont étéjugées inacceptables par son gouvernement. ils sont plusieurs millions en prison pour cela et leur nombre ne cesse de croitre.Devant son journal, le lecteur ressent un sentiment d'écoeurement et d'impuissance. Or, si ces sentiments de dégoût, répandus dans le monde entier, pouvaient être réunis en vue d'une action commune, quelque chose d'efficace pourrait être réalisé" Le succès est immédiat. L'année suivante, Benenson crée Amnesty International."
« Luís Cília foi o primeiro cantor de intervenção que no exílio denunciou a guerra colonial e a falta de liberdade em Portugal. Gravando ininterruptamente a partir de 1964, realizou uma actividade musical, tanto discográfica como no que concerne à realização de recitais, tendo-se profissionalizado em 1967.
Mas para além disso, Luís Cília, durante vários anos dedica-se ao estudo de harmonia e composição, o que é algo invulgar no universo dos cantores de intervenção. »
"Le 5 octobre 1910, l'avènement de la première République mit fin à quasiment neuf siècles de monarchie au Portugal. Avant le coup d'État militaire de 1926, le pays vit seize années à la fois de troubles et de grande excitation : difficultés à asseoir une République, gestion financière souvent catastrophique, participation à la Grande Guerre, courtes périodes de rébellion, mais également explosion des avant-gardes artistiques et littéraires, émancipation des femmes, modernisation des villes, liberté de la presse. Retour sur cette période d'effervescence que 48 ans de dictature avaient reléguée dans l'oubli.
Débat avec Jean-Noel Jeanneney, ancien ministre, ancien président de la BNF, et Eduardo Lourenço, essayiste, membre du Conseil d'administration de la Fondation Calouste Gulbenkian." LUSO.FR
Le 18 novembre à 18h30
Centre Gulbenkian - 51, avenue d'Iéna, 75116 Paris
Cette année, à l'occasion des cérémonies du 11 Novembre, un hommage sera rendu aux soldats portugais tombés au champ d'honneur en France durant la première guerre mondiale. Cet hommage a lieu à la mairie du 14e arrondissement de Paris, en présence de l'ambassadeur du Portugal Francisco Seixas da Costa.
Cette initiative, à laquelle Hermano Sanches Ruivo ne doit pas être étranger, le conseiller de Paris étant également conseiller délégué chargé des Anciens Combattants, s'inscrit aussi dans le cadre des commémorations du centenaire de la République portugaise.
Le 11 novembre à 11h30 à la Mairie du 14e - 2, place Ferdinand Brunot - Paris
"Sont interviewés successivement un couple d'intellectuels, un groupe d'étudiants et le nouveau président du Conseil, Marcello CAETANO. - Interviews de la poétesse Sophia de MELLO BREYNER ANDRESEN et de son mari, un avocat plusieurs fois emprisonné. Ils prennent le risque de critiquer le régime de SALAZAR face à la caméra. Ils insistent sur la remise en cause de tous les droits fondamentaux qui pèse sur le peuple portugais (interdiction du droit de grève, censure, syndicats liés à l'Etat, absence d'élections libres), soulignent l'omniprésence de la police dans le pays, la dépolitisation du peuple, tout en portant un espoir dans l'arrivée du nouveau président du Conseil Marcello CAETANO. - Interviews d'un groupe d'étudiants de l'Université de Lisbonne, le visage caché. Ils évoquent la surveillance policière qui pèse sur l'opposition étudiante, critiquent les guerres coloniales capitalistes menées par le Portugal, et pensent, qu'avec l'arrivée au pouvoir de Marcello CAETANO, l'appareil fasciste portugais s'adaptera aux nouvelles exigences du capitalisme portugais. - Interview de Marcello CAETANO, président du Conseil, nouvellement élu, qui ne souhaite pas faire de déclaration, tout en soulignant qu'il aime la France."
"Mario SOARES Secrétaire Général du parti socialiste portugais, de retour d'exil rencontre le général Antonio SPINOLA, leader de la "junte" du mouvement des Forces armées : plans de l'arrivée du socialiste, de cette rencontre sous forme d'accolade, et, de la foule en délire .Interview de Monsieur Mario SOARES (sonore français) : ..."nous allons aider les militaires et rétablir la démocratie - je pense que nous avons engagé un processus qui est irréversible - il ne faut pas céder aux provocations - la junte a droit de faire de quelque chose de fondamental pour le Portugal"." INA
"Ce reportage fait le point sur la situation au Portugal, au moment où celui qui dirigea pendant 36 ans un régime autoritaire conservateur et nationaliste, le président Antonio de OLIVEIRA SALAZAR, doit renoncer au pouvoir, en raison d'une hémorragie cérébrale.
Court extrait de l'interview d'un partisan du régime..."INA
Images illustrant départ armée portugaise de Luanda, la dernière déclaration de l'amiral L. CARDOSO, file camions militaires passant, les soldats des F.A.P.L.A. Mains entre grades portugais et Angolais-[différents plans] cérémonies indépendance drapeau-discours du Président Agostino NETO à zéro heure le 11 nov 75-int. Foule Angolais faisant signe de la victoire-
"Por volta dos anos 50, muitas mulheres delegavam poder ao Estado Ditatorial, por meio de cartas ou de escritos que ficaram célebres na História Ditatorial Portuguesa. De facto, muitas cartas encontradas em alfarrabistas mostram a gratidão, de muitas destas mulheres, ao emblemático ditador que tinha como fim mobilizar,as mesmas,em nome daquilo que considerava ser a Ordem, a Paz e sobretudo a defesa da Pátria. Sartre vem-nos confirmar esta ideia: “O Homem consegue mudar a situação daquilo que a Sociedade fez dele”, ou seja, apesar da obediência e da submissão intencional destas mulheres, as últimas deveriam respeitar e contribuir para a consolidação de um Estado forte. Pretende-se, de facto,confrontar, hoje, as mulheres com os fantasmas do passado e tendo como apoio um material de arquivo inédito, “Cartas a uma ditadura” é um mergulho perturbador no obscurantismo que dominou Portugal por mais de 50 anos. Esta é,sem dúvida,uma história que Inês de Medeiros há tanto protagonizou. Atentemos nos relatos de algumas mulheres:"
1.Manifestações de apoio a Salazar:
“As mulheres, com menos ideias políticas, menos exigentes, menos complicadas, com noções de valores muito mais restritas, estão hoje aqui a dizer: Obrigado Salazar!” (locutora de rádio)2. Escritos
“A ideia deste movimento era ter uma tropa feminina, mas não era para combater. Era uma tropa forte, que se todas tivéssemos que dizer não, era não. Mas também não sabíamos bem a quê.”
3. Eleições de 1958:
“Não sabíamos bem o que é que o General Delgado ia dar, se era melhor ou pior do que o Salazar. Na altura creio que se pensou que ele era uma espécie de Hitler ou de Mussolini…ou que não era. Agora é que me está a parecer que era um homem bem intencionado.”4. Salazar:
“Era um belo homem, um homem muito bonito e atraente.”“Havia muitas mulheres que adoravam Salazar. Uma amiga minha dizia que tinha três homens na sua vida: o marido, o filho e o Salazar…”
“Eu era uma admiradora de Salazar, porque achava que ele era um homem muito sério. Mas naturalmente havia de ter deficiências. Perfeito só Deus.”
5. O ideal feminino:
“A mulher deve ser o anjo do lar. Uma mulher pode fazer um homem muito bom ou muito mau.”
“O papel da mulher casada é a casa. A casa, eu digo sempre às minhas filhas, é a coisa principal! O meu pai dizia: um homem, para andar satisfeito, tem que ter uma boa mesa! Chega a casa, comeu bem, está bem servido!”
Les commentaires récents