Frequenta a Escola de Belas-Artes de Lisboa entre 1944 e 1953, onde se forma em Escultura. Após terminar o curso inscreve-se na Slade School, em Londres. A sua primeira exposição individual realiza-se em 1949, na snba. Em 1953, participa num concurso internacional de escultura patrocinado pelo Institut of Contemporary Arts, de Londres, com o projecto para o monumento O prisioneiro político desconhecido, que viria a ser seleccionado, exposto na Tate Gallery e premiado. Essa obra, de protesto contra o Estado Novo, apenas viria a ser erigida em 1994, na cidade de Beja. Vieira conceberá outras intervenções para o espaço público, entre as quais: o grupo de baixos-relevos para o Bloco das Águas Livres (1956); uma peça em aço para o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (1972); o Monumento ao mineiro, em Aljustrel (1986–1988); ou as Joaninhas colocadas em frente aos paços do concelho de Lisboa (1998). Em 1958 participa na Feira Internacional de Bruxelas, sendo o único escultor português seleccionado para figurar na exposição 50 ans d’art modern. Em 1961, obtém o 1.º prémio de Escultura da 2.ª Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1964 não é aprovado como docente de Escultura na Escola de Belas-Artes de Lisboa, devido às suas posições políticas. Será admitido na Escola de Belas-Artes do Porto em 1976, transitando em 1981 para a Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde se jubilará em 1992. Em 1982 adquire uma casa numa povoação nos arredores de Estremoz. A ligação com o Alentejo levará o município de Beja a inaugurar em Maio de 1995 a Casa das Artes Jorge Vieira, museu monográfico que acolhe grande parte do seu espólio. O período final da carreira do escultor é marcado pela inauguração de uma importante retrospectiva no Museu do Chiado (1995) e pela encomenda feita para a Expo’98, que lhe proporcionou uma maior visibilidade pública (Homem-sol, 1998).
Joana Baião
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