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Rédigé à 09:23 dans Emigration portugaise, LES ENFANTS DE LA CONCIERGE, Povo portugues, Souvenirs, Temoignages | Lien permanent
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Après Nyon en mars 2016, puis Berne l’été passé et Fribourg en novembre, l’exposition photographique « Au-delà des clichés: Portraits de femmes portugaises » s’installe finalement à Genève. « Au-delà des clichés: Portraits de femmes portugaises » est une exposition photographique et un projet d’intégration crée à Nyon, en 2015, par Mariana Mendes et Catarina Antunes avec la collaboration des photographes Nadir Mokdad et Carla da Silva.
165 portraits en noir et blanc de femmes portugaises de différentes générations montrent la diversité des trajectoires professionnelles, d’expériences de vies et d’intégration de ces femmes migrantes, en démystifiant certains clichés et préjugés stigmatisant les femmes portugaises vivant en Suisse.
L’ exposition est à découvrir jusqu’au 26 mars, à la galerie « L’Art dans l’R », au 10 Goetz-Monin, 1205 Genève. La galerie est ouverte du lundi au vendredi, de 12h à 18h.
Um projeto e uma exposição fotográfica itinerante que dá visibilidade às mulheres portuguesas na Suíça e desmistifica clichés.
Em Nyon, Vaud, Suíça, onde os portugueses representam 4% da população desta cidade, residem há cerca de 8 anos duas portuguesas, Mariana Mendes, 48 anos, natural de Lisboa, licenciada em Relações Internacionais e Catarina Antunes, 39 anos, natural de Alverca, licenciada em Gestão de Marketing, ambas interessadas pelas questões da emigração e integração, pela desmistificação dos clichés em relação à comunidade portuguesa e sobretudo em relação à comunidade feminina, desenvolveram um projeto de integração, apoiado financeiramente pela "Commune de Nyon".
Este projeto partiu de um episódio vivido por Mariana Mendes em Nyon, em que foi vitima dos estereótipos atribuídos às mulheres portuguesas e que a fez ter a ideia da criação de um projeto que visasse mostrar, valorizar e homenagear a numerosa comunidade feminina portuguesa desta cidade, mostrar a diversidade de profissões que estas Mulheres exercem e como é uma comunidade activa profissionalmente, independentemente da profissão que exerce e que contribui para o desenvolvimento da sociedade e economia Nyonnaise. E que por serem mulheres trabalhadoras, guerreiras e lutadoras mães de família e muitas vezes vitimas desses estereótipos, se sentem menos motivadas e são menos interventivas social, política e culturalmente. Mas é uma comunidade respeitada, que apesar das dificuldades iniciais de integração, se adaptou bem à maneira de viver Suíça, nunca esquecendo Portugal, nem as suas raízes.
Um projeto que resultou numa exposição fotográfica, com 170 fotografias, 165 mulheres portuguesas fotografadas com 47 profissões diferentes, pelos fotógrafos Nadir Mokdad, Nyonnais e Carla da Silva, Luso-descendente: "Au-delà des clichés: Portraits de femmes portugaises à Nyon en 2016" / "Para além dos clichés: Retratos de mulheres portuguesas em Nyon", integrada na "Semaine contre le racisme, Nyon, 2016", foi inaugurada no dia 18 de março de 2016 na "Salle Communale" de Nyon e esteve patente ao público de 29 de março a 9 de abril 2016 no CC Migros Porte de Nyon, onde teve um enorme sucesso e várias referências positivas na imprensa escrita, rádio e televisão portuguesas na Suíça e também na imprensa escrita e televisão regionais Suíças.
A exposição é acompanhada de textos introdutórios e conclusivos dos passos que levaram à elaboração do projecto e explicação de como foi feito. As conclusões que tiraram, basearam-se nas inúmeras conversas tidas com todas as mulheres fotografadas e dos questionários fechados e confidenciais que elaboraram e que todas elas aceitaram responder por escrito.
Posteriormente e devido ao seu grande interesse para a Comunidade Portuguesa na Suíça, suscitou um convite da parte da Embaixada Portuguesa em Berna para a exporem nas suas instalações. O convite foi aceite pelas responsáveis do Projeto, Mariana Mendes e Catarina Antunes que contaram com o patrocínio do Banco Santander Totta para a sua instalação. Esteve patente nas instalações da Embaixada de Portugal em Berna de 15 de junho ao final do mês de agosto de 2016.
Este foi só o inicio de uma itinerância pela Suíça, com exposições em Genève, no dia 15 de Setembro 2016 no hall de entrada da Salle de la Madeleine, em Friburgo, na Ancienne Gare, de 3 a 20 de Novembro 2016, em breve estará novamente em Genève e estão previstas instalações também noutras cidades Suíças ao longo deste ano de 2017. E quem sabe num futuro próximo Lisboa, Portugal.
Ainda dentro do Projeto, contam com um filme video com pequenas histórias de vida, de emigração bem sucedidas ou não, de descriminação, de clichés... que recolheram junto da comunidade feminina portuguesa de Nyon e que teve uma projeção pública a 4 de Dezembro 2016, na Salle de la Colombière em Nyon.
Durante o período em que a exposição esteve a decorrer em Nyon, a Livraria Payot de Nyon, muito gentilmente se dispôs a dar destaque e a divulgar junto do público Suíço, literatura portuguesa, dando a conhecer escritoras portuguesas traduzidas para a língua francesa.
E a “Bibliothèque de Nyon, Jeune Public” também se juntou à iniciativa e durante esse período deu destaque à literatura infantil em português para motivar a comunidade portuguesa a frequentar mais a Biblioteca local. Adquirindo inclusivamente novos títulos em português para aumentar o número e diversidade de livros à disposição na secção infantil e juvenil portuguesa.
"Foram mais de 6 meses de trabalho intenso e fizemo-lo voluntariamente com paixão e empenho e estamos muito orgulhosas com o resultado e com o trabalho dos fotógrafos que conseguiram captar a raça, a alma feminina portuguesa e os seus belos sorrisos. E também com as nossas conclusões escritas que embora se restrinjam a Nyon e não tendo nós tido a pretensão de fazer um estudo sociológico, nos permitem a nós e à nossa comunidade conhecer melhor o percurso dos últimos 30 anos das mulheres portuguesas emigradas na Suíça. E permitiu-nos conhecer e dar a conhecer fantásticas histórias de vida, de integração e de resiliência de todas estas mulheres. Acreditamos que conseguimos mostrar que é possível unindo-nos, fazer projetos que dêem visibilidade à nossa comunidade, a valorizem e que nos dignifiquem. Sentimos que conseguimos agitar a comunidade local, portuguesa e estrangeira, falou-se de estereótipos, tentou-se desmistificar clichés e quer tenham gostado ou não do nosso projeto, pelo menos ninguém ficou indiferente, falaram em nós. E ficamos também muito contentes por sermos um exemplo positivo para outras comunidades estrangeiras que têm vontade de seguir os nossos passos.
E ainda, e mais uma vez, uma palavra de agradecimento a todas estas corajosas mulheres portuguesas de Nyon que aceitaram entrar connosco nesta bela aventura e se deixaram fotografar. E também a todas as pessoas que nos apoiaram, incentivaram e acreditaram neste magnifico projeto que é de todas(os) nós.”
Mariana Mendes
e
Catarina Antunes
Nyon, Março 2017
Rédigé à 09:12 dans Culture, Emigration portugaise, Povo portugues | Lien permanent | Commentaires (0)
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Rédigé à 16:58 | Lien permanent
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Rédigé à 17:22 dans Musique | Lien permanent | Commentaires (0)
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Rédigé à 17:00 dans Povo portugues | Lien permanent
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Rédigé à 16:47 dans ART CONTEMPORAIN PORTUGAIS | Lien permanent
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Au Salon arts & Décoration j'ai rencontré Amandine Richard. Propriétaire de Chaleurs Urbaines elle travaille avec minutie la porcelaine, des œuvres délicates qui s'enchainent et s'emboîtent au gré de ses inspirations et nous racontent une histoire ... une histoire emprunte de souvenirs, de son histoire et de ses origines... le Portugal.
Depuis quand travaillez-vous le céramique ?
Je travaille depuis 2 ans sur la porcelaine, une terre noble, fine mais aussi très résistante. J'ai démarré et centré mon activité sur la peinture sur porcelaine en proposant essentiellement des objets que l'on utilise au quotidien tel que les mugs, des assiettes, des théières... puis j'ai rapidement complété l'offre par des éléments de décoration comme les vases et bougeoirs.
Toute ma porcelaine vient de Saint Yriex (endroit où le kaolin, matière principale de la porcelaine, a été découvert), je me fournis dans une entreprise familiale.
Mais aujourd'hui cela ne me suffit plus et j'ai envie de plus, c'est pourquoi depuis quelques semaines je travaille moi-même la terre, je teste, je m'entraîne, je fais des erreurs et je recommence. Je veux dans un avenir proche proposer mes propres pièces, mes propres formes que j'aurais pensées, dessinées, construites, coulées ou tournées.
Je continuerai à proposer des objets d'art de la table et de décoration mais je vais commencer à introduire petit à petit une collection de bijoux en céramique.
Pourquoi avoir choisi la peinture sur porcelaine ?
Tout d'abord cela me permettait de travailler sur des pièces déjà finies, lisses et émaillées. Je pouvais ainsi me concentrer sur l'illustration et les histoires que je voulais y raconter sans passer par la phase recherche de forme que je fais aujourd'hui. De cette façon j'ai rapidement pu monter une collection avec une gamme de produits assez large pour commencer à lancer mon activité et montrer mon travail.
Et puis je pense qu’inconsciemment la peinture sur porcelaine c'est naturellement imposée à moi car lorsque j'étais toute petite et que j'allais passer les étés chez ma mamie au Portugal je regardais avec beaucoup de fascination les assiettes que ma mamie avait peintes durant l'année aux cours du soir qu'elle suivait. Malheureusement elle n'en a fait que très très peu mais ce sont des pièces qui pour moi ont une valeur sentimentale inestimable.
Certes je ne peux donner à mon travail cette valeur sentimentale aussi forte mais je voulais conserver cet aspect de lien entre la personne et la vaisselle, apporter à une pièce simple du quotidien un supplément d'âme qui la rend unique.
Parlez-nous de ce qui vous inspire...
Tout peut m'inspirer mais disons que c'est essentiellement les voyages, les villes et la nature
Et l'essence même de votre inspiration ...
Ce que j'aime essentiellement c'est raconté une histoire à travers mes illustrations et quoi de mieux pour cette première collection que de parler de mon histoire. Cette collection est tournée vers le Portugal, comme un hommage à ma mamie chez qui j'allais passer toutes mes grandes vacances. Ce sont donc mes souvenirs d'époque de petite fille, des souvenirs sûrement idéalisés car plein d'amour et de "saudade". J'ai voulu conserver ce regard d'enfant, d'où les traits faussement naïfs, le côté ludique de certaines pièces et les histoires parfois étranges que j'y raconte qui ne sont pas perceptible au début, mais qui se laissent découvrir petit à petit aux personnes qui ont conservé leur âme d'enfant.
Avez-vous un atelier où l’on peut découvrir et acheter vos œuvres ?
Je travaille dans un atelier partagé tout près de chez moi à Saint Denis, nous y sommes actuellement 4, tous travaillant la céramique à travers différentes techniques. Il est tout à fait possible de venir prendre le thé avec moi et venir découvrir mon travail dans un contexte différent et plus intime que les salons ou ventes éphémères où j'ai l'habitude d'exposer. Pour cela il suffit de me contacter par mail afin de convenir ensemble d'un rendez-vous car l'atelier est un espace de travail et non une boutique ouverte en permanence au public. Mais nous sommes toujours ravis de recevoir du monde et de faire découvrir nos univers : )
Et puis pour tous ceux qui habitent trop loin il reste toujours internet où il est possible de voir et d'acheter mon travail sur www.chaleururbaine.etsy.com
Unique pieces and limited editions by ChaleurUrbaine
Browse unique items from ChaleurUrbaine on Etsy, a global marketplace of handmade, vintage and creative goods.
etsy.com
Comment se déroule une journée à l'atelier...
J'y vais généralement entre 9h et 11h car je préfère démarrer ma journée à la maison par tout ce qui est plus administratif et qui nécessite d'être au calme. Puis à l'atelier selon les besoins je vais produire pour faire du réassort ou bien travailler sur des nouvelles pièces et collections comme c'est actuellement le cas.
Merci Maria-Yvonne pour l'attention portée à ma jeune marque
A très vite
Amandine
son site http://www.chaleururbaine.com/
Rédigé à 16:05 dans Culture, Découverte_, Temoignages | Lien permanent | Commentaires (0)
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Rédigé à 15:35 dans ART CONTEMPORAIN PORTUGAIS, Culture, Découverte_ | Lien permanent
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Rédigé à 15:20 dans Culture, Découverte_, Histoire, Nostalgia, Voyages | Lien permanent
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José chegou a França em maio de 1969, tinha ele 16 anos. Naqueles tempos todos tinham vontade de fazer mudar as coisas em Portugal, uns mais que os outros. José era jovem idéalista, cheio de esperanças que teve a sorte de encontrar amigos "soixante-huitards" e muito rapidamente ele entrou no militantismo.
"Dei uma volta ao passado para melhor navegar no futuro.
Nos anos 70, conheci um casal de porteiros que viviam em Paris 07. Ele Valerio, ela Teresa (porteiros numa associação religiosa).
Tinham 2 filhos, rapazes com menos de 5 anos, um deles chamava-se Batista o outro já não me lembro.
Desconhecia as origens deles, sabia que eram opositores ao regime salazarista da época, ouvi dizer na altura que a Teresa era filha dum juiz lisboeta, quanto ao Valerio, nunca soube nada da vida dele.
Como os conheci, já não me lembro, mas provavelmente pelos meus amigos franceses, Yves e Jérôme, aqueles que foram as pessoas mais importantes para mim quando cheguei a Paris em 1969. Ensinaram-me tudo o que necessitava naquela altura : transformar-se num homem.
Voltamos ao Valerio e à Teresa... Parecia-me um casal "atípico", devido à diferença de idade. Ele teria quarenta e tal e ela vinte e tal.
Eram muito simpáticos, ali era um lugar de encontro onde se falava de tudo, abertamente, mas os temas principais eram ligados à política.
Passavam por ali muitas pessoas de todos os meios sociais, mas o ponto comum, era a luta pela liberdade.
Produziamos um jornal em português que distribuímos em qualquer sítio onde houvesse portugueses : mercados, cafés, associações .....
Tenho muita pena mas já nem me lembro o nome do jornal, o director era um padre francês.
Neste grupo de pessoas, cada um fazia o que podia, o Vasco era o cartunista.
Neste momento, o que nos movia a todos era a luta pela liberdade, a democracia, para melhor compreender as coisas, cheguei a seguir aulas de economia marxista aos sábados de manhã.
Cada um de nós ao nosso nível contribuiu para que o nosso país passasse a ser um país libre e moderno.
Quanto aos meus amigos, Valerio e Teresa, em abril 1974 regressaram a Portugal.
Portanto, imagino, tenho a certeza que são muito felizes, porque eles sim, emigraram para regressar e regressaram porque lutaram por isso.
Quanto mim......."
Rédigé à 14:55 dans Emigration portugaise, Temoignages | Lien permanent | Commentaires (2)
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Rédigé à 14:00 dans ART CONTEMPORAIN PORTUGAIS | Lien permanent
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Rédigé à 13:14 dans Découverte_, Histoire, Voyages | Lien permanent
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Rédigé à 12:07 dans ART CONTEMPORAIN PORTUGAIS, PHOTO et PHOTOGRAPHES | Lien permanent
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