Auto-história biográfica de um músico chamado Jorge.
Vou-vos contar a história de um personagem, porque as nossas reais histórias estão dispersas pelos outros lados da nossa imaginação.
Jorge, nasceu longe, do outro lado do mundo, num hemisférioonde os mares trauteiam a sua própria imensidão...
Embarcou com os seus pais, no ano de 63, no transAtlântico “A...MAR”. Durante, aproximadamente um mês, os seus olhos só viram azul, céu e mar...
Caiu a chucha ao mar, é verdade!!. Como se pode perder uma coisa, assim... :). No oceano Atlântico não existem farmácias de serviço ! era impossível obter outra chucha. :)
Relata a história, que chorou toda a noite, zangado... com o seu maior amigo , O Mar!
Portugal é seu desembarque, Lisboa 16 de Fevereiro de 1963.
Vive os cinco anos em Paris, aí está a razão pela qual, gosta tanto de queijo e de semáforos . Sim ! Essas três cores, (Verde de Natureza, Amarelo de Sol e Vermelho de Fogo). Um arco na íris dos seus olhos, permaneceu intermitente até hoje, no desejo de poder juntar realmente todos as cores..... os tons... os sons !
Mais tarde vai para a escola pública, onde a vida lhe segredou, que estudar era preciso, porque aviva a paixão... ! . Transforma-nos, faz de nós mais fortes, não para combater contra os outros, mas para lutar contra as intempéries que nos molham os pés !
Jorge, quis conhecer de perto a Música, tornar-se amigo... dela. Uma Paixão quase à primeira vista, os verdadeiros sons, aqueles que muita gente ignora, os que entram por outro olhar, por outro escutar, leva-o por trilhos de inúmeras surpresas,(assim como numa visita de estudo à fábrica de chocolate... ver a avelã envolver-se naquele irrestivel paladar... que bom, delicioso . )..... ah.... estava a falar de Som ?! Pensei fosse a mesma coisa. Desculpem ! :)
Estudou no Conservatório, Composição, Canto, Guitarra, Piano, Flauta de bisel, Flauta transversal, teoria da Musica, História da musica e Acústica ( aquela disciplina que é da família da Física, da Matemática ... :), pois ... o motor da nossa inspiração, da capacidade que devemos ter em nos organizar todos os dias, que chatice... mas a vida sem chatice não existe, é som sem SOM ! )
Aos 16 anos, Jorge inquieta-se. As gotas de ondas de água que o transbordam, são salpicos de um querer, que vai emergindo dentro de Si Maior ! ( escala musical, complexa de acidentes .) .O Som foi a confissão mais celestial, sua grande confidente . ( Pensa, que o som é mais feminino, que masculino. )
E foi crescendo assim: Cantou para muita gente, assimilou das suas vozes, pulsares de pulsações entusiásticas. ( A Biologia só pode ser assim... ;) , a química não acontece só nos laboratórios, as “químicas” também se exaltam ao ar livre, entre seres vivos, fazendo-nos vibrar nos sentidos, nos sentimentos )
Viver, crescer de verdade ao Som daquilo que mais gostamos é muito bonito. É voar de boleia com o dragão azul da nossa imaginação, passar-lhe à frente... “brincar” com a forte convicção que a vida devia ser um aliciante constante, ser-mos nós a comandar o foguetão das nossas capacidades infindáveis, que por vezes não sabemos que estão mesmo ali ao lado. Descobri-las, fazer delas, nós mesmo.Passear na bicicleta do amor, que a Natureza nos prenda...
Jorge, pensa que a Música é Matemática , mas, não daquela dos Números... ;) , isso são só os seus atacadores ;). Tem a convicção que a música é conduzir a vida pela direita, não vestir o casaco ao contrário, é respeitar a natureza das coisas.
Sentir a Vibração dos Sons. Dando-lhes OPORTUNIDADE !
Jorge Rivotti
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