Anoitece em Chaves. As chaminés que ao longe se vislumbram nos telhados da cidade, lançam na atmosfera o fumo que se dissipa no ar frio do amanhecer nocturno. Num dos canais da TV vemos a Feira do Fumeiro de Boticas e os andarilhos a viver momentos de puro gáudio, rendendo-se ao cómico Roscas, ao Eiró e à loira esbelta, Marisa Cruz. Barroso é assim. Acolhedor, afável e dinâmico. As suas gentes pre...param antecipadamente a sua produção de enchidos para sobreviver mais comodamente o ano todo. O Autarca tece elogios à terra e com o seu telurismo natural, dá ênfase às afirmações quase com atavismo regionalista. As pessoas circulam visitando as tasquinhas dos expositores para lhes comprarem as maravilhas gastronómicas do Inverno. Bem ao lado, ubica-se o reino da degustação cujo domínio é pertença do "gigante" Camilo. Bebem-se os elixires regionais e há quem balbucie que o "vinho dos mortos" dá vida a moribundos. Viva Barroso.
Hélder Alvar
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