"O GRANDE SEMPRE PEQUENO", técnica mista sobre papel, 130x130 cm 2010.
“O GRANDE SEMPRE PEQUENO” sugere que, numa avaliação sempre comparativa, nunca estamos satisfeitos ao ponto de julgarmos algo como suficientemente grande. De facto, tudo parece ser demasiadamente pequeno quando nos confrontamos com as nossas expectativas sempre exigentes.
Lemos, neste trabalho, sobre uma superfície espelhada um SOS. Traduzindo esse apelo, de quem, tal com se lê a vermelho sobre o fundo do trabalho, “eu sou só muito grande sempre um pouco demasiadamente pequeno se sou só eu”.
"AMOR NATEMÁTICO, COM ERRO DE CALCULO, técnica mista sobre papel, 130x130 cm
2011
“AMOR MATEMÁTICO, COM ERRO DE CÁLCULO”, põe em evidência as falhas no amor, por mais que contas se façam no equilíbrio dos nossos sentimentos mais importantes, cedo percebemos que facilmente dá erro. Sentir é difícil, sendo também impossível tentar fugir a fazê-lo… todos sentimos…bem ou mal…O erro não está tanto nas parcelas que coloquei mas, sim no pressuposto de que no amor faz algum sentido fazer cálculos matemáticos. Se repararmos nunca chegamos aqui a um resultado preciso.
"O NOVO SEMPRE NOVO", técnica mista sobre papel, 130x130 cm, 2011
“O NOVO SEMPRE NOVO”, reflecte a nossa permanente exigência de viver sempre algo novo, algo que nos surpreenda e arrebate. Desejamos nunca envelhecer, ou pelo menos não sentir os malefícios próprios da passagem do tempo. Aqui ladrilhei o fundo com letras, de cores diversas, retiradas de revistas e jornais e que constroem a expressão “novo de novo”, a sair tridimensionalmente lemos, numa superfície também multicolorida, a expressão “Vou”. Apropriei-me de letras que tinham sido utilizadas para outros discursos e coloquei-as a dizer essa vontade do NOVO ser uma realidade permanente nas nossas vidas.
“REDE QUE NOS PRENDE SEM SUSTER”, 2010, técnica mista sobre papel,
130x130 cm
Queremos ter tudo, temos a fobia da acumulação. Foi com base nesta ideia que ganhou forma a “TEIA QUE NOS PRENDE SEM NOS SUSTER”. Uma teia de aranha que nos envolve e aprisiona. A realidade está, toda ela, implicada na economia, e a solução que punha o dinheiro acima de tudo está, a todos os níveis, comprometida. A segurança da moeda, qualquer que ela seja, é já uma miragem. Deste modo, os euros são em simultâneo zeros
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