"O 6º Comité Inter-Governamental da Convenção da UNESCO, depois de classificar como «exemplar» a candidatura do Fado, determinou a inclusão da canção nacional na Lista do Património Imaterial. Uma candidatura que remonta a 2010, apresentada pela Câmara Municipal de Lisboa através da EGEAC/Museu do Fado. Em Bali, na Indonésia, canta-se o Fado.
A candidatura apresentada à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) obriga a um programa que, no caso concreto, aponta, entre outras medidas, para a implementação de um plano de salvaguarda integrada do património do Fado. O documento explana cinco áreas programáticas: Envolvimento da Sociedade Civil (rede de cooperação institucional); Educação/Formação (implementação de Programas Educativos com a participação de artistas, autores, músicos e construtores de instrumentos); Edição/Investigação (programa editorial de fontes históricas, musicais, poéticas, iconográficas, sonoras, outras edições literárias). Completa-se com a dinamização e revitalização de espaços tradicionais de Fado e com acções de promoção no plano nacional e internacional.
Recorde-se que o projecto de candidatura do Fado à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade foi inicialmente lançado em 2005, após Portugal ter ratificado a convenção da UNESCO para preservar formas de expressão cultural como ritos, danças, músicas, que não entram na classificação de património com corpo físico.
Diz a Convenção para a Salvaguarda do Património Imaterial da Humanidade da UNESCO: «O património cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é permanentemente recriado pelas comunidades e grupos em função do seu meio, da sua interacção com a natureza e a sua história, proporcionando-lhes um sentimento de identidade e de continuidade, contribuindo assim para promover o respeito pela diversidade cultural e a criatividade humana».
Agora, despois da inclusão na lista da UNESCO, o Estado português ficará comprometido a preservar a história e fontes daquele género musical. Entre as obrigações implícitas estará a criação de um arquivo sonoro." Extrato de CaféPortugal
Recorde-se que o projecto de candidatura do Fado à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade foi inicialmente lançado em 2005, após Portugal ter ratificado a convenção da UNESCO para preservar formas de expressão cultural como ritos, danças, músicas, que não entram na classificação de património com corpo físico.
Diz a Convenção para a Salvaguarda do Património Imaterial da Humanidade da UNESCO: «O património cultural imaterial, transmitido de geração em geração, é permanentemente recriado pelas comunidades e grupos em função do seu meio, da sua interacção com a natureza e a sua história, proporcionando-lhes um sentimento de identidade e de continuidade, contribuindo assim para promover o respeito pela diversidade cultural e a criatividade humana».
Agora, despois da inclusão na lista da UNESCO, o Estado português ficará comprometido a preservar a história e fontes daquele género musical. Entre as obrigações implícitas estará a criação de um arquivo sonoro." Extrato de CaféPortugal
Para todos os Fadistas,
os de palco, os de casa, para todos aqueles que amam Fado...
(uma dedicatoria especial à São)
Não posso deixar de observar e comentar esta vaga de informação, acerca da recente elevação do Fado a Património Mundial, acrescentando estas considerações pessoais, enquanto amante que sou, desta forma de arte. Muita tinta terá corrido, e muito discurso terá sido pronunciado, que bastariam para converter todos os indiferentes e mais metade dos profanos, a esta forma de estar na vida, que é, “GOSTAR DE FADO”.
O reconhecimento que acabamos de ver pronunciado, não é restritivo ao género de arte que é o Fado. Nem tão-somente irá contribuir para o aumento de fluxos de espectadores, ou de vendas de trabalhos do género. Esse reconhecimento assenta, é certo, nos valores do Fado e por isso enaltece-o. Mas torna-o sim, num veículo e num passaporte de promoção, da Nação Portugal, e de todos aqueles que com ela se identifiquem, por laços de sangue, linguística, ou afectuosamente. No fundo o Fado não vai aumentar o talento daqueles que o tem, nem dá-lo a quem porventura o não tenha. Tão pouco irá transformar as emoções de quem o ouve ou de quem o canta, quer por carolice, quer por paixão. Essas, para quem as sente, são o que são, quer as saibamos exprimir, ou não. Quando muito, poderá suscitar nos profanos, a sua descoberta. Poderá também despertar neles alguma sensibilidade, à indescritível comoção interior sentida por quem ouve Fado, tenha talento ou não para o cantar. É essa “convulsão” interior dos sentidos, que leva quem gosta de Fado, a dizer que gosta, e a distinguir estes dos que ficam indiferentes.
A distinção que acabamos de ver atribuída ao FADO como “Património Cultural Imaterial da Humanidade”, é de facto o lustro que faltava a esta nobre vertente da cultura Portuguesa. Todos quantos que se orgulham de ser Portugueses, de ter raízes nas nossas terras ou de ter laços com as nossas gentes, têm agora mais uma razão de se sentir orgulhosos dessa pertença. Permanece no entanto que, “Não é fadista quem quer, só é Fadista quem calha”.
Horácio Ernesto André – Novembro 2011
Rédigé par : Horácio Ernesto André | 29/11/2011 à 22:44