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« Sei que acendes labaredas no meu peito que tornam em cinzas as palavras antes que me cheguem aos dedos, ao papel...
Trago à flor dos lábios o teu nome desenhado pelos beijos que ainda guardo, como uma menina pequena guarda meio rebuçado... nas mãos fechadas o toque dos teus dedos.
Por uma vez que o amor é completo, pode afastar-nos o tempo e o espaço, mas levo-te no corpo quando parto.
Leva-me contigo, no sopro do vento os beijos que ainda não te dei, as carícias que ficam presas aos dedos por falta de coragem ou de tempo.
Foge-me a voz, faltam palavras e desvia-se tímido o olhar, não sabes que te envolvo em pensamento no veludo de um abraço. quero crer que assim te posso guardar, num mundo desenhado à medida, dos sonhos e desejos...
Fica comigo nesse mundo desenhado, se nos afasta o mundo verdadeiro. O tempo que me importa? Os momentos preciosos em que te cruzo valem mais do que toda uma vida onde a tua ausência foi procura, busca incerta, solidão sem nome. O teu rosto e o teu nome vieram dar sentido e completar as peças que faltavam ao meu puzzle.
Guarda-me contigo além desses instantes que roubamos ao tempo e ao espaço de uma vida que vivemos sem que seja a nossa.
Tu és quem eu sempre procurei. Amo-te e faltam-me as palvras para te dizer quanto... »
Por Cristina Branco
Ter, não ter. Estar, não estar. Ter alguém, não ter ninguém. Amar e ser amado. Mundo real, mundo do sonho. Segredos guardados e segredos desvendados... é assim o dilema que transparece das suas palavras, e transcende a sua expressão poética. Gostei de descobrir e de reler. Tomo pois, a ousadia de não lhe dizer, "Parabéns", mas sim de lher dizer que vale sempre a pena escrever. Hà sempre quem ouça o eco da nossa alma quando escrevemos, sobretudo quando escrevemos algo de puro, genuino, autêntico, algo de nos.
Horacio Ernesto André.
Rédigé par : Horacio Ernesto André | 22/11/2010 à 22:29
Obrigado pelas suas palavras e sobretudo à Yvonne que faz conhecer o que escrevo. Sem ela ficariam na caixa dos segredos (aquela onde guardamos sonhos, cartas antigas, bilhetes de cinema, flores secas e anjos de papel...)
Cristina Afonso Branco
Rédigé par : Cristina Afonso | 23/11/2010 à 11:37
Vos mots ont une telle force et une telle sensibilité qu'une seule lecture est insuffisante pour en capter toute leur beauté. Alors, je vous lis et vous relis et vous relis encore... Il aurait été dommage qu'ils restent cachés dans votre boîte à secrets. Simplement merci... Daniela Sofia Fernandes
Rédigé par : Daniela | 24/11/2010 à 19:22
Daniela
Merci pour vos mots. On n'a jamais la notion que nos phrases trouves écho dans d'autres vies que lorsque on les lance au vent et on reçoit la réponse...
Cristina Afonso Branco
Rédigé par : Cristina Afonso | 24/11/2010 à 22:23