Quem é Fernando Moura?
Fernando Gonçalves de Moura, nasceu no lugar do Barracão, concelho de Montalegre,
em 14 de Novembro de 1930, de um lar de 6 irmãos. Fez a quarta classe, para o que teve
de andar de escola em escola, porque nem todas as aldeias tinham professora. Mais tarde
completou o sexto ano no ensino recorrente. Foi quase tudo na vida em que um Barrosão
se pode envolver: Começou como pastor de ovelhas e de cabras. Seguiu-se um período
em que teve de trabalhar ao balcão do comércio do Pai – o Abel Moura – que era a
estação de serviço da época, no cruzamento do Barracão, onde se fazia o transbordo dos
passageiros das camionetas para Braga, Chaves e Montalegre. Entretanto envolveu-se nas
mais diversas modalidades do desporto. Foi ciclista, atirador de malhão, apaixonado (até
hoje) pelas «chegas de bois», caçador, um acérrimo adepto do F. C. do Porto…
Em 1951 prestou serviço militar no Bat. Caç. 1, sendo «impedido» do então capitão
António de Spínola, durante seis meses. Ao fim de 32 meses regressou ao Barracão, onde
arregaça as mangas. Comprou uma camioneta comercial, distribuindo todo o tipo de
produtos regionais: batata, vinho, presunto, hortaliças, enfim, tudo o que a terra dava.
Em 1959 casa com Ana Lima de Moura, de Vila Verde da Raia, professora em várias
escolas de Barroso. Dela teve três filhos: A Cacilda Moura, hoje professora catedrática da
Universidade do Minho, o Fernando Abel e a Dina Paula. Ao filho cedeu a distribuição
do gás e a parte agrícola, mantendo ele a gestão do posto de combustíveis e a
representação de seguros, em que se profissionalizou.
Em 1995 publicou o seu primeiro livro: «Barroso e as chegas de bois», onde relata 167
«chegas». Na Rádio Montalegre mantém, desde há anos, o programa «Espaço Público –
chegas de Bois» de que recentemente a RTP fez uma reportagem, ao vivo, para todo o
espaço onde ela chega. No associativismo tem uma acção notável: social, cultural,
desportiva, recreativa, profissional e até genealógica, uma vez que se lembrou de realizar
anualmente a festa dos «Mouras».
Fundou o Clube de Caça e Pesca, a Associação etnográfica «O Boi do Povo», a
Associativa de Caça do Leiranco etc.
«A Vida de um Barrosão», livro que ora aparece, é o corolário de toda esta vivência que
o honra e honra todos os Barrosões, vivam eles onde viverem.
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