"Bucho de porco recheado, que na Beira se fazia sobretudo para consumir durante a festa da matança, e noutras regiões do país costumava guardar-se no fumeiro. Hoje são poucas as famílias que continuam a matar o porco e a fazer o bucho, mas há pessoas que querem manter a tradição e projectam construir pequenas unidades de produção de bucho.
Outro exemplo semelhante é o do bucho de porco recheado, que na Beira se fazia sobretudo para consumir durante a festa da matança, e noutras regiões do país costumava guardar-se no fumeiro. Hoje são poucas as famílias que continuam a matar o porco e a fazer o bucho, mas há pessoas que querem manter a tradição e projectam construir pequenas unidades de produção de bucho. Em Arganil, concelho onde o bucho recheado tem uma forte tradição, a receita varia de aldeia para aldeia. Em Benfeita falámos com Maria Luísa Simões, que há vários anos confecciona o bucho característico da terra:
É o bucho de Folques, cuja receita poderá sido criada ou apurada no antigo Mosteiro de São Pedro de Folques, fundado há cerca de dez séculos. Sabe-se do gosto dos monges pela boa mesa e das facilidades de acesso a produtos que o povo usava com contenção, como as carnes magras e os ovos. Por isso não é difícil imaginá-los a adaptar aos seus paladares exigentes e às suas posses uma receita comum na região. Seja qual for a sua origem, o bucho com lombo e ovos tornou-se comum na aldeia de Folques, onde todas as mulheres o faziam.
Hoje esse saber já quase se perdeu, mas Margarida Gomes, que deseja preservá-lo através da instalação de uma pequena indústria, desvenda-nos os seus segredos.
O bucho pode servir-se quente ou frio, como prato de uma refeição principal, ou como simples merenda." Extracto do site http://www.memoriamedia.net/
na terra do meu Pai, a Serta, ainda me lembro bem de comer um bucho que me ficou na alma...e era eu miudo pequeno!
Rédigé par : Herculano | 10/04/2010 à 00:59