« Na sequência de diversos trabalhos de performance em torno das vidas de artistas, obras e percursos marcantes da história das ideias, Miguel Bonneville estreia esta semana um novo solo: “A importância de ser Simone de Beauvoir”.
Vincadamente feminista, o criador traz nesta peça uma reflexão sobre as obras da escritora e filósofa francesa que “tem estado presente em todas as minhas obras”, afirma. Questões como “autobiografia, política/feminismo, género/sexualidade, existencialismo e morte” são, no seu entender, centrais à abordagem às temáticas da identidade que lhe interessa explorar.
Há um ano, Bonneville apresentou no CCB, em Lisboa, “A Importância de Ser António de Macedo”, em torno da figura daquele cineasta português. Agora, no Negócio / ZDB – onde recentemente reapresentou “Medo e Feminismos” – Miguel Bonneville aprofunda outra personalidade histórica cuja influência no seu percurso artístico diz ser determinante. Simone de Beauvoir (1908-1986), autora de romances e ensaios, foi uma das mais importantes figuras do século XX, sendo a sua obra “O Segundo Sexo”, publicada em 1949, considerada um dos principais impulsores dos movimentos feministas de segunda vaga.
“A importância de ser Simone de Beauvoir” tem direcção e interpretação de Miguel Bonneville, música original de Susana Santos Silva, figurinos de Mariana Sá Nogueira e apoio dramatúrgico de João Manuel de Oliveira, que na noite da estreia conduz uma conversa entre o criador e os espectadores. » dezanove
Site de Miguel Bonneville
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