Com texto Maria do Rosário Pedreira e ilustração João Fazenda (D. Quixote, 2012) chegou recentemente às livrarias "A Minha Primeira Amália", «uma obra para apresentar a nossa maior fadista de sempre a quem nasceu já depois da sua morte».
"O pretexto para o lançamento deste livro é a proximidade do primeiro aniversário da eleição do fado como Património da Humanidade, mas para falar de Amália não são precisos pretextos.
Em "A Minha Primeira Amália", a autora Maria do Rosário Pedreira respondeu a um desafio: “Apresentar a nossa maior fadista de sempre a quem nasceu já depois da sua morte”, escreveu no blogue Horas Extraordinárias.
E acrescentou a dúvida: “Não sei se fiz um bom trabalho.” Fez. Num tom de proximidade com o leitor, vai contando a vida da cantora, com a explicação, aqui e ali, de conceitos que suspeita não serem do conhecimento de quem a lê, como “diva”, “reportório”, “solista” ou “busto”.
A biografia contém algumas letras de fados e revela as particularidades da sua criação. Como é o caso de "Vou Dar de Beber à Dor". “Até se conta que Alberto Janes lhe fez uma letra que toda a gente dizia para ela não cantar. Mas ela não deu ouvidos, cantou e foi um êxito. (…) Era uma espécie de resposta a um fado mais antigo, "A Casa da Mariquinhas".”
Também são descritos certos pormenores do dia-a-dia, como o facto de Amália usar sempre apenas uma jóia: “Se punha um alfinete, dispensava os brincos.” Se a forma de contar a história conquista logo quem está do lado de lá das páginas, o modo de João Fazenda a ilustrar obriga-o mesmo a deixar-se ficar até ao fim. Depois, apetece aplaudir. Todos três.
Em "A Minha Primeira Amália", a autora Maria do Rosário Pedreira respondeu a um desafio: “Apresentar a nossa maior fadista de sempre a quem nasceu já depois da sua morte”, escreveu no blogue Horas Extraordinárias.
E acrescentou a dúvida: “Não sei se fiz um bom trabalho.” Fez. Num tom de proximidade com o leitor, vai contando a vida da cantora, com a explicação, aqui e ali, de conceitos que suspeita não serem do conhecimento de quem a lê, como “diva”, “reportório”, “solista” ou “busto”.
A biografia contém algumas letras de fados e revela as particularidades da sua criação. Como é o caso de "Vou Dar de Beber à Dor". “Até se conta que Alberto Janes lhe fez uma letra que toda a gente dizia para ela não cantar. Mas ela não deu ouvidos, cantou e foi um êxito. (…) Era uma espécie de resposta a um fado mais antigo, "A Casa da Mariquinhas".”
Também são descritos certos pormenores do dia-a-dia, como o facto de Amália usar sempre apenas uma jóia: “Se punha um alfinete, dispensava os brincos.” Se a forma de contar a história conquista logo quem está do lado de lá das páginas, o modo de João Fazenda a ilustrar obriga-o mesmo a deixar-se ficar até ao fim. Depois, apetece aplaudir. Todos três.
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