Realizou-se no núcleo sede do Ecomuseu de Barroso, em Montalegre, um workshop (é uma reunião de grupos de trabalho interessados em determinado projecto ou actividade para discussão e/ou apresentação prática do referido projecto ou actividade) fotográfico de Georges Dussaud.
FASCÍNIO CONTINUA
Uma troca de saberes e experiências entre o fotógrafo e alguns curiosos que não perderam a ocasião para ouvirem um relato extraordinário de um artista que apareceu no Barroso por acaso mas que desde logo se apaixonou pela terra: «posso dizer que o fascínio por Barroso continua. Pelo carácter rude e autêntico da região. Há mudanças, claro, mas o carácter do barrosão continua muito forte». Georges Dussaud destacou ainda o comunitarismo: «a solidariedade entre as pessoas ainda continua apesar de algumas diferenças com o passado. Por exemplo, a ideia do Ecomuseu de Barroso foi excelente. Faz com que o passado não seja esquecido. Nele podemos ver como a prática comunitária é bem viva numa região única».
MEMÓRIA DO BARROSO
NAS FOTOS
Interrogado sob a forma como caracteriza as fotos sobre o Barroso, o fotógrafo reconhece o alto valor cultural que representam para a região: «olho para as minhas fotos como algo interessante. Ajudam para a criação da memória desta terra. Nelas podemos observar a luminosidade, a arquitectura das casas, entre tantas coisas...». Por fim, Dussaud confessou que as pessoas não ficam indiferentes ao trabalho produzido por um estrangeiro: «penso que o facto de ser estrangeiro, faz com que as pessoas fiquem ainda mais sensíveis. Ficam mesmo emocionadas...são muito carinhosas para comigo».
Texte et Photos de Ricardo Moura
Site de Georges Dussaud http://www.dussaud-g.fr/
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